POR QUÊ? A FRAGILIDADE DO SENTIDO


O sentido na ausência de sentido. O termo “porquê” deveria ser uma prioridade em nossa existência — e, sinceramente, detesto como ele é ignorado ou tratado com superficialidade. A cada último suspiro de um ser humano, me pergunto: qual o sentido das privações, das glórias, das frustrações, das alegrias?

Por experiência própria, a sensação de vazio é temporária. As lembranças — boas e más — permanecem. Mas deveria ser concedido ao desencarnado um último pronunciamento. Responda, alma penada: valeu a pena ou não?

Por que nascer? Por que crescer? Por que obedecer? Por que entristecer? Por que respirar? Por que alimentar-se? Por que questionar? Por que irar-se? Por que amar? Por que envelhecer? Por quê, por quê, por quê?

Se tudo é tão efêmero, volátil, descartável, insosso, descabido, desmedido... são questões muito complexas que, na minha pequenez, ouso responder com três palavras simples:

Nascer. Perpetuar. Morrer. E, finalmente, morrer.

 

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