FÉ, PODER E CONTROLE: UMA REFLEXÃO ÁCIDA SOBRE A RELIGIÃO E A SOCIEDADE


É inconcebível — embora extremamente cômodo — atribuir ao suposto divino os questionamentos que não possuem respostas lógicas. A teoria criacionista, formulada em uma época marcada por tabus, crenças e superstições, onde imperava a barbárie, foi um artifício perfeito para frear o ímpeto e a ambição dos excluídos e explorados. Ao incutir na humanidade as ideias de céu e inferno, castigo e salvação, resignação e recompensa, legitimou-se a manutenção perversa da estratificação social, repetida religiosamente ao longo dos séculos. Criou-se, assim, um muro que impede enxergar as mensagens ocultas nas entrelinhas.

Sim, a Bíblia, o Alcorão e todos os livros considerados sagrados pelas diversas religiões são, em essência, instrumentos de poder — o cabresto necessário para subjugar a maioria da população, temerosa diante de uma suposta força abstrata e devassadora. Essa entidade, que tudo vê, despeja sua ira sobre os impuros, mas permanece inerte diante das piores injustiças. A perpetuação das mazelas humanas é acompanhada pela promessa ilusória de uma recompensa mínima nesta passagem terrena e o descanso eterno para os que aceitarem suas limitações.

IRMÃOS, OREM POR NÓS.

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