CRÔNICAS DE UM DÉSPOTA DISFARÇADO: A ARTE DA MANIPULAÇÃO


Remei, remei, remei... e até que enfim cheguei e me instalei. Caminhei sob um céu de brigadeiro. Surfei na crista da onda.

Visualizei, persisti, metamorfoseei, alcancei — e deslumbrei. Papeei e enganei no mais simplório populês, Ludibriando facilmente vosmecês.

Disse o que queriam ouvir, Como se conquista um freguês. Implantei esperança nas suas mentes.

Provei do mel — e gostei. Lambuzei. Transgredi o que falei, Mas cinicamente não assumi.

Não vi, não escutei, nem confirmei. Descaradamente insisti que fui traído. Minha criatura... emplaquei.

Desdenhei — e como gozei. Estou por aqui, analisando as manifestações, Arquitetando alguma artimanha para aproveitar a ocasião.

Se me apoquentarem muito... eu voltarei. Para o meu povo, Que penso que me adora como a um rei. Déspota — mas, para sua aflição, rei.

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