CONFIANÇA DE POBRE, RESPEITO DE RICO: A FARSA DEMOCRÁTICA EM CENA
Confiança se conquista. Respeito se compra. Na nossa atual sociedade caricata, sem sombra de dúvidas, o que vale mais é o respeito — que pode ser negociado por qualquer vintém ou por uma nomeaçãozinha de chefia em qualquer setor, só para que o pobre presenteado possa ostentar e mandar em alguém ainda mais miserável que ele.
Resumindo: confiança é coisa de pobre. Respeito é coisa de rico.
Como já dizia categoricamente Maquiavel:
“Não se consegue ser amado e temido ao mesmo tempo — o melhor e mais seguro é ser temido. E isso se deve à natureza dos homens em geral: todos estão ao lado quando sopram ares bons e as coisas navegam a contento. Basta, todavia, uma mudança no quadro, para todos se revoltarem.”
Observemos esta época de eleição. Os ditos eleitores, aptos a exercer seu direito à cidadania, parecem verdadeiros bárbaros em surtos de alegria — que, em muitos casos, beiram orgasmos coletivos e a histeria. Sinceramente, minha pobre pessoa não consegue entender o motivo da comemoração. O ato de colocar alguns no poder para melhorar seu status e padrão de vida por, no mínimo, quatro anos... merece mesmo todo esse escarcéu?
Não me venha com essa conversa de que é preciso ser consciente e exercer a plena democracia. Detesto essa palavra. O próprio prefixo já a define.
Esse conceito democrático é muito bonito no papel — já que o papel aceita tudo — ou lá na Grécia antiga. Hoje, o termo “democracia” vem sendo utilizado para encobrir negociatas, usando descaradamente o assistencialismo para colocar o cabresto no nosso povo cada vez mais iletrado.
E tenho dito.
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