ENTRE O BERÇO E A HIPOCRISIA: REFLEXÕES DE UM ESTRANHO NO NINHO
Alguns consideram bem-aventurados os que nascem em berço esplêndido — escolhidos pelo divino para uma vida sem provações, com todas as portas abertas e um leque de possibilidades à frente.
O dinheiro, motor desse mundo cão, é tão importante para a maioria das pessoas que acaba gerando situações cômicas, esdrúxulas e inexplicáveis. Essas situações apenas confirmam a pequenez e a sordidez da raça humana, em que estereótipos que deveriam ser hostilizados e ridicularizados se afirmam dentro da instituição mais podre que temos: nossa falida e combalida sociedade.
Esses rascunhos não têm a menor importância para mim. Ganho o que preciso — e, menos humildemente, bem abaixo do que entendo que mereço. Não preciso render honras, bajular ou aturar ninguém. Cada vez mais me reconheço como um estranho no ninho. Não consigo compreender como o "ter" pode superar o "ser". Seguimos vivendo no velho — e cada vez mais atualizado — império da hipocrisia, batizado de humanidade.
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