À DERIVA: UM DESABAFO DA ALMA
Tem dias em que uma tristeza profunda me invade. Esse sentimento tem se repetido em ciclos cada vez mais curtos. Não consigo — nem tenho forças — para traçar uma meta. A vida me leva como as antigas caravelas, ao sabor dos ventos. Mas o caminho é árduo. As intempéries são minhas sombras, e não se desgarram de mim. Não há zona de calmaria.
Isso já me assustou muito. Hoje, este espectro que vos fala ignora o medo, mas ainda se dá o direito de questionar: pra quê? Por quê? Para onde? Qual a razão? Qual o sentido?
Pensar enlouquece. Será que é vital enlouquecer para entender que nossa existência é tão efêmera, que ninguém é indispensável? Não gosto nada do sujeito que me tornei. Inconformado, nada me conforta. Tudo e todos me incomodam profundamente. Queria ser esquecido.
Onde encontrar um conforto para minha alma?
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