REFLEXÃO SOBRE DESONESTIDADE E FÉ
Que me perdoem os puristas, mas duvido que exista um povo mais desonesto que o brasileiro. Sem falsa modéstia, considero-me uma ilha em meio a esse oceano de descompromisso, falta de palavra e ausência de consideração.
Que me crucifiquem, mas os piores são aqueles que andam com o nome de Deus na ponta da língua — acredito que o fazem como salvo-conduto. Nada tenho contra a fé ou a religião de ninguém. No entanto, minhas últimas experiências com prestadores de serviço — todos, para ser claro, cristãos — foram desastrosas: muita conversa bonita, muita fé. Hoje já não sei se é fé de menos ou fé demais.
O espírito e os ideais de Cristo só são lembrados quando adentram a igreja e durante o transe do culto. Ao saírem, despem suas vestes sagradas e partem para a batalha cotidiana, utilizando o santo nome em vão até o próximo encontro em seu templo escolhido para receber o indulto.
Praticamente todos os protestantes que conheço apresentam sérios desvios de caráter. O que me conforta é saber que as únicas pessoas que conseguem enganar são eles próprios.
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