CICLOS
Devaneios soltos ao vento, devolvidos como dardos lancinantes embebidos no mais adocicado e letal dos venenos, o maldito pensamento, que nos priva do primitivo nos dotando da falsa percepção de compreensão e poder, funcionando como um clarão que ofusca e oculta nos nossos mais profundos abismos a nossa condição de subserviência. Ensaiamos o falsete de dominação sobre o cerebelo labutando, e nessa ilusão não percebemos as articulações enferrujadas, a adiposidade cada vez mais evidente e restringente, as emoções caóticas se contorcendo em espasmódicos recortes abruptos de racionalidade, absorto em quirelas e quimeras em ciclos danosos, inconclusivos, amorfos e infinitos. جواو كارلوس