FORTY SEVEN


Alguma coisa mudou na minha cabeça, no meu coração, temor ou amadurecimento, pode também ser o jogo de gato e rato com a criatura que nos espreita e a cada dia está mais próxima de nos encontrar, meu Deus obrigado por toda a trajetória escrita sem tanto obstáculos e ate certo ponto sem dificuldades, uma vida quase levada na viola até os dias atuais. 

Aos meus pais que dentro das suas possibilidades, forneceram cada um com seu modo peculiar todo o amor que uma criança necessita em um núcleo familiar, na minha cabeça sei que não retribuir à altura as provações que eles passaram, porem me tornaram essa pessoa que apesar de todos os defeitos é um cara do bem, honesto e justo, foi minha melhor herança recebida, a minha irmã pelo companheirismo mesmo aos esbarrões, estamos ficando velhos a relação está melhorando, ao melhor irmão que mesmo distante me presenteou com um sobrinho de ouro, ao meu sogro borrau que caprichou nesse ser iluminado que é minha parceirona, companheira, figura ímpar, alma gêmea, não sei como você me transformou em uma pessoa melhor, você foi, é e será sempre meu porto seguro, a minha filha Marcela pelo amor dispensado, pela neta Brenda que amolece esse coração rude sertanejo, aos sobrinhos que indistintamente amo, mesmo com esse jeito agreste torço por cada um e ajudo na medida do possível, do merecimento que consigo identificar, mesmo os que me decepcionam continuo apostando no deslanche de seus sonhos. 

Aos amigos dedico também toda atenção possível, alguns moram no meu coração, não são irmãos de sangue, estamos conectados pela alma, não revelarei nomes para não suscitar ciúmes, mesmos os distantes a conectividade é a mesma, porém cada um sabe o lugar que ocupa nesse velho coração. 

Aos colegas e aos que não gostam de mim, eu sou um mal necessário, estou sempre aqui para seu desespero a postos para ajudar, sem cobrança, no fundo sabem que apesar da repulsa estou pronto para ajudar a qualquer um, infelizmente ou felizmente essa faceta faz parte da minha natureza. 

Peço licença ao grande letrista Belchior para encerrar: 


“Ei, moço! 

E eu inda sou bem moço pra tanta tristeza 
Deixemos de coisas, cuidemos da vida. 
Senão chega a morte ou coisa parecida 
E nos arrasta moço sem ter visto a vida 

Ou coisa parecida, ou coisa parecida. 
Ou coisa parecida, aparecida. 
Ou coisa parecida, ou coisa parecida. 
Ou coisa parecida.

جواو كارلوس


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