TUDO NOSSO (DELES)





Saímos desse carnaval ladeados pela exposição midiática de um novo ícone das ditas classes desprovidas socioeconômicas, a bola da vez é um ilustre líder roto tosco que retrata fielmente a decantada baianidade personificado em uma criatura grotesca, fruto de uma geração perdida desorientada e alienada por esse contexto político no qual estamos chafundados até o pescoço, sua adoração é uma ode a exaltação do caminho da barbárie instaurada com seus programas sensacionalistas, com o culto a ostentação, as orgias regadas e desregradas patrocinadas com o dinheiro publico, o coroado e reconhecido príncipe do gueto é a personificação da criminalidade na sua essência mais pura, concentrada, aclamada. 

Essa figura bizarra é venerada no circo dos horrores, disfarçada na figura de artista empoleirado nos palco e em trios elétricos, passado a hora do transe hipnótico da luxúria dopante carnavalesca a parte da população que embalava suas fantasias cortejando esse arquétipo de ser humano é a mesma que tranquilamente lhe vira as costas retira sua coroa e o empurra de volta para seu nicho, regado a drogas, sucessivas contravenções penais. 

Esses valores deturpados são cultivados e ovacionados pela parte inferior da pirâmide social (não generalizando), esse novo Robin Wood declama em alto, claro e enfumaçado tom de voz que o caminho para o sucesso não precisa ser árduo penoso ou demorado, só precisa simplesmente ser apossado afinal é tudo nosso (deles). 

جواو كارلوس

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