PROTAGONISMO E DESENCANTO: UM MANIFESTO DE AUTONOMIA
Eu não abro mão de ser o ator principal da minha existência. Não consigo conceber a ideia de me abster ou me privar de algo em detrimento de outro ser — independentemente do grau de parentesco. Entendo que nada, repito: nada, pode ser mais importante do que o próprio indivíduo. Lembrem-se: chegamos e partimos sós. Ofereça, eduque, mas nunca esqueça que o ser prioritário é você.
Minhas convicções podem ser fruto, em parte, de não ter tido o prazer — ou desprazer — da paternidade. Todavia, com certeza, essa renúncia não faria parte dos meus planos. A visão romântica de que privações e provações engrandecem a alma e ajudam a forjar o caráter do indivíduo só serve para florear e camuflar os pilantras que se aproveitam da boa vontade alheia.
Existe um ditado antigo que diz: “Faça a sua parte que Deus está vendo.” Conversa fiada. Se já usaram esse adágio popular para te confortar, pule fora. Alguém está se beneficiando, obtendo vantagem — e, com certeza, é às suas custas.
Abra o olho, burro de carga! Viva a sua vida, porque esteio só serve enquanto sustenta ou escora alguma coisa.
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