As Ovelhas e suas datas comemorativas, a idiotia coletiva puxando a locomotiva do capitalismo, pobres e bestiais lacaios do desenfreado consumismo, filhos partidos de uma estrutura pernóstica
Eis-me aqui, absorto em meus pensamentos — talvez insignificantes — acelerando em uma pista dupla, quando fixo a visão no odômetro. O carro sinaliza que a velocidade é excessiva para quem já passou dos cinquenta anos. O ponteiro do marcador de gasolina está quebrado. Você não tem noção de quanta autonomia ainda resta. Reduza drasticamente a força aplicada no acelerador. A pista à frente está afunilada, e um grande engarrafamento se formou. Não há retornos. A máquina começa a ratear. As peças, desgastadas pelo tempo, já não apresentam a mesma sintonia de um motor bem ajustado. Barulhos, trincas, vidros foscos dificultam a dirigibilidade. Assim como você, o mundo mudou drasticamente nos últimos anos. Quase tudo o que foi aprendido na jornada acadêmica virou pó. Teorias antes consideradas cláusulas pétreas foram ridicularizadas e enterradas. Fizemos uma transição complicada — do analógico ao digital, da honra e respeito aos pais e aos mais velhos ao desprezo. Você se tornou invisível em c...
Fuja da soberba — vivencie o autocontrole. Não aja como um tolo — busque a sabedoria. Não alimente o ego — nutra a alma. Não aponte o cisco no olho do seu irmão — lembre-se das palavras de Jesus sobre a trave cravada nos nossos olhos, e acolha com compaixão. Não cause discórdia — agregue e una. Não confronte — apazigue os ânimos e busque a paz. Não decepcione as pessoas — seja leal e fiel. Não exija gratidão — demonstre sempre reconhecimento e apreço. Não cobre — mas doe com generosidade. Não odeie o seu semelhante — perdoe, mesmo quando for difícil. Não reclame — nem espere clemência humana; ore por justiça divina e tenha fé. Não se exima dos erros — reconheça seus equívocos e aprenda com eles. Não seja a pedra lançada — seja o abraço que conforta e acolhe. Despoje-se do orgulho — e vista-se de humildade. Troque a tola eloquência — pelo sábio silêncio e reflexão. Esqueça suas “verdades absolutas” — pois elas podem ser in...
Considero “amor” uma das palavras mais sem sentido. É finita, tem prazo de validade — especialmente quando associada ao relacionamento entre duas pessoas. Na essência, o amor verdadeiro é exercido pelo ser consigo mesmo. Na verdade, a busca por outro é, muitas vezes, uma tentativa de encontrar em alguém qualidades e defeitos que, no fundo, são nossos. Mas quando se descobre que o outro possui características diferentes das nossas, ocorre uma transformação: a aceitação. E é nesse momento que percebemos que o chamado “amor” é, na verdade, companheirismo — a busca por um parceiro capaz de suportar ou aceitar a efemeridade da caminhada da vida. É difícil acreditar em coisas que não são concretas. Tudo que não é palpável acaba sendo extremamente subjetivo, passível de múltiplas interpretações, dependendo da visão de mundo de cada ser .
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