REFLEXÕES DE UMA ALMA


É insuportável para mim causar dor ou aborrecimento nos outros seres humanos, embora eu não seja responsável pelo surgimento desse sentimento. Garanto que isso me afeta mais do que à própria pessoa, ecoando como um sussurro incessante em minha consciência. É aquela velha sensação de ocupar um espaço que não é meu, uma frustração não correspondida que se transforma em um peso silencioso. Continue me dando força, Senhor, para que os sentimentos negativos não retornem, permitindo que a luz da compreensão ilumine meus passos e me guie em direção à redenção.

Isso faz parte do meu aprendizado, da minha cruz, por ter semeado discórdia, afastado familiares, destruído um lar, despertado tantos sentimentos ruins. Me sinto incapaz de, pelo menos, minorar os danos que espalhei nessa caminhada, mas busco a cada dia aprender com meus erros e crescer, como uma árvore que se ergue forte após a tempestade. A dor, embora persistente, se torna um lembrete de que ainda há muito a ser feito, de que a jornada é longa, mas não solitária.

Muito obrigado, Senhor, por cada lição. Não reclamo, não vou me maldizer. Cada um tem o direito e livre arbítrio para usar suas ferramentas para dialogar com o mundo. Estamos juntos, porém em faixas diferentes de aprendizado, e é nessa diversidade que encontramos a riqueza da experiência humana, um mosaico de cores e texturas que se entrelaçam para formar a tapeçaria da vida.

A vida é navegar entre esses níveis, respeitando a individualidade de cada indivíduo, como um rio que flui suavemente, adaptando-se ao seu leito. Os olhos veem apenas o que é apresentado a eles, de acordo com cada pessoa com a qual interagimos, e é nessa troca que encontramos a verdadeira essência da comunicação. A batalha acontece silenciosamente dentro de nós, é uma reunião ininterrupta entre nós mesmos, o mundo e o nosso espírito imortal, um diálogo constante que molda nossa jornada e nos leva a descobrir quem somos verdadeiramente.

Não critique o erro dos outros; observe atentamente para não cometê-los. Não existe ninguém correto ou errado; tudo faz parte do processo, e está tudo certo, pois cada experiência nos leva a um novo patamar de compreensão e crescimento, um passo em direção à iluminação.

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